DICA DE LIVRO:
O TUBARÃO DE 12 MILHÕES DE DÓLARES
Em 2004, o americano Steve Cohen adquiriu, por 12 milhões de dólares,
uma obra do famoso artista Damien Hirst: um tubarão de 5 metros de
comprimento e 2 toneladas, mantido numa tina com formol – e que estava
começando a se decompor. O que teria motivado o rico executivo a
desembolsar esse exorbitante valor?
A alegoria (para mim isso tá longe de ser arte) é o ponto de partida para que Don Thompson desvende o jogo
financeiro e de marketing por trás do mercado de arte contemporânea. "Em O tubarão de 12 milhões de dólares: a curiosa economia da arte contemporânea, publicado pela BEĨ Editora, o
economista relata experiências que acumulou durante um ano investigando
o universo de grandes galerias de arte; casas de leilão como a
Christie’s e a Sotheby’s; marchands, artistas e colecionadores."
O livro analisa os processos e as motivações
responsáveis por estabelecer o valor das obras– às vezes muito acima do que pode
parecer razoável – e revela por que o dinheiro, a
vaidade e o enaltecimento pessoal pela posse se tornaram elementos super
importantes no mundo da arte contemporânea.
Segundo o mesmo, muitos
compradores de arte contemporânea sequer entendem de arte. Simplesmente são muito ricos (em muitos casos novos ricos,
como os milionários russos e chineses surgidos nos últimos anos), afirma
o economista, e precisam ter a segurança de que estão fazendo uma boa aquisição. Por isso confiam nas marcas conhecidas: galerias de arte famosíssimas.
O livro aumentou minha falta de motivação e desconfiança com a arte contemporânea. Para mim ainda é bem difícil entender o valor de muitas obras que seguem o estilo. Confesso que também acho difícil a compreensão e até mesmo a invasão, em mim, de algum sentimento que me faça sentido (alegria, tristeza, dor reflexão, curiosidade, enaltecimento, mistério, serenidade, quietude, aflição etc) quando estou diante dessas obras (talvez eu não tenha sensibilidade ou não viaje o suficiente). No Brasil, por exemplo, a obra "Parede com Incisões à La Fontana II", de 2001, da aclamada artista
brasileira Adriana Varejão, foi vendida na Christie"s de Londres e
se tornou a obra mais cara de um artista brasileiro vivo vendida.
Alcançou US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 2,72 milhões), incluindo a comissão
do leiloeiro. Eis a obra:
E vocês gente amiga, o que pensam a respeito do assunto?
Um comentário:
Nem sei me expressar... falta muita sensibilidade, de minha parte, para apreciar esse tipo de obra de arte.
Vai que alguém sinta a mesma emoção que sinto qdo vejo os rabiscos de meu afilhado!??!?!
Rsrsrs, bjs, Pâmella :)
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