terça-feira, 9 de abril de 2013

DICA DE LIVRO:
 O TUBARÃO DE 12 MILHÕES DE DÓLARES


Em 2004, o americano Steve Cohen adquiriu, por 12 milhões de dólares, uma obra do famoso artista Damien Hirst: um tubarão de 5 metros de comprimento e 2 toneladas, mantido numa tina com formol – e que estava começando a se decompor. O que teria motivado o rico executivo a desembolsar esse exorbitante valor?

A alegoria (para mim isso tá longe de ser arte) é o ponto de partida para que Don Thompson desvende o jogo financeiro e de marketing por trás do mercado de arte contemporânea. "Em O tubarão de 12 milhões de dólares: a curiosa economia da arte contemporânea, publicado pela BEĨ Editora, o economista relata experiências que acumulou durante um ano investigando o universo de grandes galerias de arte; casas de leilão como a Christie’s e a Sotheby’s; marchands, artistas e colecionadores."

O livro analisa os processos e as motivações responsáveis por estabelecer o valor das obras– às vezes muito acima do que pode parecer razoável –  e revela por que o dinheiro, a vaidade e o enaltecimento pessoal pela posse se tornaram elementos super importantes no mundo da arte contemporânea.
 Segundo o mesmo, muitos compradores de arte contemporânea sequer entendem de arte. Simplesmente são muito ricos (em muitos casos novos ricos, como os milionários russos e chineses surgidos nos últimos anos), afirma o economista, e precisam ter a segurança de que estão fazendo uma boa aquisição. Por isso confiam nas marcas conhecidas: galerias de arte famosíssimas.

O livro aumentou minha falta de motivação e desconfiança com a arte contemporânea. Para mim ainda é bem difícil entender o valor  de muitas obras que seguem o estilo. Confesso que também acho difícil a compreensão e até mesmo a invasão, em mim, de algum sentimento que me faça sentido (alegria, tristeza, dor reflexão, curiosidade, enaltecimento, mistério, serenidade, quietude, aflição etc) quando estou diante dessas obras (talvez eu não tenha sensibilidade ou não viaje o suficiente). No Brasil, por exemplo,  a obra "Parede com Incisões à La Fontana II", de 2001, da aclamada artista brasileira Adriana Varejão, foi vendida na Christie"s de Londres e se tornou a obra mais cara de um artista brasileiro vivo vendida. Alcançou US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 2,72 milhões), incluindo a comissão do leiloeiro. Eis a obra:
E vocês gente amiga, o que pensam a respeito do assunto?

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem sei me expressar... falta muita sensibilidade, de minha parte, para apreciar esse tipo de obra de arte.
Vai que alguém sinta a mesma emoção que sinto qdo vejo os rabiscos de meu afilhado!??!?!
Rsrsrs, bjs, Pâmella :)