terça-feira, 19 de março de 2013

O SEU MARIDO RECLAMA DO SEU TELEFONE? 
O MEU TAMBÉM!


Gente amiga, foi-se o tempo em que nós mulheres só dedicávamos o nosso precioso tempo em afazeres domésticos e familiares. A comida do marido, amamentar o filho, ensinar a lição ao mais velho, colocar a roupa para lavar, guardar a roupa passada, o supermercado, o hortifruti, levar as crianças ao médico etcetera e tal sempre estiveram na ordem de preocupações de nossas avós, mães e de algumas de nós, até hoje. Obviamente,  muitas retiraram de vez alguns desses afazeres das respectivas listas de incumbências, equilibrando, aos pouco, a balança dos sexos. Nessa nova ordem mundial, as mulheres passaram a se interessar por mil e um assuntos e a internet se tornou uma das aliadas mais poderosas nesse processo de conhecimento e descobertas. Esses dias estava comentando sobre o google. Gente, tudo bem que o mundo não se esgota ali, que as informações são, muitas vezes, rasas, mas quem hoje em dia ainda recorre a uma enciclopédia?? Falando nisso, lembrei de outra: quem mais precisa daquela revista amiga, companheira dos momentos de solidão no banheiro, quando temos a nossa disposição toda a diversidade e infinidade de assuntos que a web pode nos proporcionar? Bom, mas vocês devem estar se perguntando: o que todo esse papo tem a ver com what's up, instagram, facebook, blog, via telefone?? Alguma coisa, vejamos. Por mais que as mulheres tenham conseguido seus espaços e se livrado de muitas amarras sociais já perceberam como ainda é difícil para os homens aceitarem a atenção que as mulheres dedicam ao seu telefone e/ou computador? Explico. Se você está passando roupa, lavando, faxinando, cuidando das crianças, dando de mamar, ensinando a lição ou, até mesmo, vendo novela, o marido sempre te olha com aquele olhar complacente e, provavelmente, ficará, sossegado, fazendo algo do interesse dele ou do bem comum da casa. Ao contrário, bastou você trocar meia dúzia de palavras com um grupo de amigas no what's up ou acessar suas redes sociais (atrás de alguma novidade bombástica que revolucionará sua vida ou de um babado mor que nunca acontece, sim, são sempre as mesmas notícias) os pares logo começam a reclamar, num acesso súbito de carência afetiva. Daí a gente meio que se compadece, diz que vai ao banheiro e por lá, trata de encerrar o bate papo ou termina de ver, rapidamente, toda aquela infinidade de postagens diárias que nada tem a ver com nossas vidas (uma perda de tempo incrível, eu bem sei). Já estão dizendo por aí que celular é o pior dos amantes pois vicia e causa dependência. Eu até concordo e, numa vibe de testar meu autocontrole, tenho procurado me afastar dele, muito de vez em quando, para poder dizer a mim mesma a máxima: "olha só como sou dona das minhas vontades!". Papo típico daqueles em estado terminal, hahaha eu sei.  Bom, nem muito ao céu nem a terra é o que desejo concluir. Embora o mundo virtual impulsione cada vez mais o individualismo, fazendo com que a gente crie e até habite mundos muito particulares e paralelos não compreendo (e procuro não aceitar)  a "castração", sempre acompanhada daquele olhar de censura que os homens impõem às suas respctivas parceiras quando o assunto é internet (via celular ou computador). O mais estranho é a sensação de culpa que nos invade quando somos chamadas a atenção para nos voltarmos para a vida real. Imediatamente (ou depois de 10 minutinhos) a gente larga tudo, imaginando que a partir dali um novelo de conversas interessantes serão desfiadas. Porém, o cansaço do fim do dia é um verdadeiro algoz e ali no sofá ele nos faz permanecer impassíveis e inertes, diante da novela das nove.

5 comentários:

Guga disse...

Até que enfim alguém que me entende...
bjs!!

Anônimo disse...

Adorei...pura realidade.rs.
Aline A. de Azevedo

Anônimo disse...

Pura verdade!

Anônimo disse...

Parece que esse post foi escrito à muitas mãos. Me identifiquei demais! Bom, nossos pares... Tão fortes e tão carentes de não sei o que. Acho que se perguntar nem eles sabem. Tudo muda rápido demais. Querem companheiras autosufucientes, seguras, porém mulherzinhas. Como não amá-los??
Mas o celular fica no bolso, e a cada minuto uma checada, discretamente, claro.
Bjinho,
Nathalia P.

BLOGALUIZA disse...

Amei nathália! De fato, não tem como amá-los, eles são muito bacanas com a gente. Bjo